19 junho 2014

Anônimo entre os meus

 

Me peguei pensando se meu nome não fosse este, embarquei numa viagem onde eu era um anônimo entre os meus. Vocês podem imaginar as perguntas que me vieram: Será que minha mãe me acolheria sem saber que eu vim dela. Pensamentos paradoxais onde eu me encontrava com meu grande amor e lhe diria: É um prazer te conhecer.


O que seria o meu mundo? Se ele jamais tivesse me visto, eu poderia chamá-lo de meu? Seria ele assim como conheço, se ele agora me recebe como um forasteiro.
Os livros que li, já não tem mais as marcas de meus dedos. A janela de onde seria o meu quarto tem um galho que a adentra, pertence à árvore que eu jamais podei.
Mas a mulher que seria minha mãe existe, a pessoa que seria meu amor existe, e até o quarto onde eu dormiria existe naquela casa. Eles são tudo que poderiam ser sem mim, mas não tudo que poderiam ser se eu existisse.
Pessoas completas pelo que são e incompletas pelo que não podem ser.

Que pena, uma exemplar de um livro clássico, jamais lido.




4 comentários:

  1. Você é fantástico!!!
    Parabéns, amigo Leo!
    Obrigada por essa reflexão...

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    1. Obrigado Cristiane Vilarinho, você sempre me alegra com suas visitas. Volte sempre querida amiga escritora!

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  2. Respostas
    1. Obrigado por sua visita e comentário Thifany Lopes. Seja muito bem vinda e volte sempre!

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